O culpado de tudo - Oswald de Andrade - SP
Eis uma das exposicoes mais marcantes que eu me lembro, de ha uns 4 anos para ca.
Entre nunca ter ouvido falar de Oswald de Andrade e ter-me tornado uma admiradora dele, foi uma questao de 1h30 divertidissimas, na exposicao "O Culpado de Tudo", no museu da lingua portuguesa.
Nascido em 1890, Oswald morreu em 1954. E a preciosidade da sua obra, na minha opiniao, e' o facto de ser tao actual.
"Oswald de Andrade e' pensador original da cultura contemporanea e da insercao do Brasil no quadro mundial. Seu pensamento inconfundivel manifestou-se muitas vezes de maneira eliptica, epigramatica e provocativa, dado o seu caracter anarquico e antiacademico. No final da vida dedicou-se a dar-lhe um tratamento dissertivo de folego. (...) A Exposicao convida a uma viagem circular pelas quatro estacoes de sua vida e obra: A Boemia, a Vanguarda, a Revolucao e a Utopia."
No final da II Guerra Mundial, Oswald lanca o seguinte desafio, em "Ponta de Lanca":
"A Alemanha racista, purista recordista, precisa ser educada pelo nosso mulato, pelo chines, pelo indio mais atrasado do Peru ou do Mexico, pelo africano do Sudao. E precisa ser misturada de uma vez para sempre. Precisa ser desfeita no melting-pot do futuro. Precisa mulatizar-se."
E' impossivel mostrar indiferenca aos pensamentos de Oswald, independentemente da razao (ou se admira ou se detesta), pois tem uma profundidade genial.
Entre muita culpa do Oswald, Joao Guimaraes Rocha no seu brilhante "Total":
As surpresas nao acabam por aqui... Nesta exposicao, uma ida ao banheiro (casa-de-banho) revela-se obrigatoria, embora nao aconselhavel a menores de seis anos, se levarmos em conta que "Hoje em dia, com sete ja se sabe tudo!"
Ao entrarmos no wc, ficamos com a sensacao que a exposicao comeca ali mesmo, com a mostra de textos de Oswald de Andrade, extraidos de "Serafim Ponte Grande", "Um homem sem profissao - sob as ordens de mamae"; "Poesias reunidas"e "O Santeiro do Mangue".
Entre nunca ter ouvido falar de Oswald de Andrade e ter-me tornado uma admiradora dele, foi uma questao de 1h30 divertidissimas, na exposicao "O Culpado de Tudo", no museu da lingua portuguesa.
Nascido em 1890, Oswald morreu em 1954. E a preciosidade da sua obra, na minha opiniao, e' o facto de ser tao actual.
"Oswald de Andrade e' pensador original da cultura contemporanea e da insercao do Brasil no quadro mundial. Seu pensamento inconfundivel manifestou-se muitas vezes de maneira eliptica, epigramatica e provocativa, dado o seu caracter anarquico e antiacademico. No final da vida dedicou-se a dar-lhe um tratamento dissertivo de folego. (...) A Exposicao convida a uma viagem circular pelas quatro estacoes de sua vida e obra: A Boemia, a Vanguarda, a Revolucao e a Utopia."
No final da II Guerra Mundial, Oswald lanca o seguinte desafio, em "Ponta de Lanca":
"A Alemanha racista, purista recordista, precisa ser educada pelo nosso mulato, pelo chines, pelo indio mais atrasado do Peru ou do Mexico, pelo africano do Sudao. E precisa ser misturada de uma vez para sempre. Precisa ser desfeita no melting-pot do futuro. Precisa mulatizar-se."
Entre muita culpa do Oswald, Joao Guimaraes Rocha no seu brilhante "Total":
As surpresas nao acabam por aqui... Nesta exposicao, uma ida ao banheiro (casa-de-banho) revela-se obrigatoria, embora nao aconselhavel a menores de seis anos, se levarmos em conta que "Hoje em dia, com sete ja se sabe tudo!"
Ao entrarmos no wc, ficamos com a sensacao que a exposicao comeca ali mesmo, com a mostra de textos de Oswald de Andrade, extraidos de "Serafim Ponte Grande", "Um homem sem profissao - sob as ordens de mamae"; "Poesias reunidas"e "O Santeiro do Mangue".
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