Mulher independente q.b.

Tenho analisado este tema nos últimos tempos e parece-me oportuno lançar a polémica.

Tenho conhecido mulheres de várias nacionalidades, culturas e idades. 

Tenho observado, constatado, discutido e partilhado sobre a independência feminina.

A mulher (demasiado) independente é "dona de si", poderosa e fantástica. Ela é admirada por todos os homens e por mulheres, ainda que exista uma dose de inveja feminina.

É aquela que normalmente faz furor nas festas.

A sua carreira é um objectivo primordial e normalmente acaba por alcançar o sucesso merecido.

A mulher independente adora ser dona do seu tempo, ainda que não se "importe" de se fazer refém do emprego.

Detesta que lhe invadam o espaço sem permissão. Partilha o espaço quando tem vontade, dedica-o a si própria quando necessita.

Porém, como dizia inicialmente, é demasiado independente!

Com a sua máscara de imbatível e fortaleza, acaba por afugentar o homem que a admira nos primeiros momentos.

Faz questão de pagar a própria conta.

Detesta mostrar o lado "boneca de porcelana".

Normalmente, criam defesas derivadas a uma infância sem pai, com pai ausente ou a alguns dissabores vividos com a classe masculina.

O homem tem medo da mulher independente.

É por algumas destas razões que o homem prefere compromisso com a mulher "sem-sal" (aos olhos da independente). Esta prepara-lhe o jantar, cose-lhe as meias e ainda lhe recebe com um estrondoso e agudo "amorzinho".

Esta não chateia tanto, só às vezes. Não desafia tanto o homem. Este prefere um compromisso desenhado com as bonecas dóceis e divertir-se à grande com as independentes.

Então, em que ficamos? Nem tanto ao mar, nem tanto à terra.

O equilíbrio é (quase) sempre a opção mais acertada.

Mulher independente, sim. Mas com delicadeza. 

Nos momentos-chave pode ser uma leoa.

Mas acreditem que existe, na mulher independente, uma doçura que só aquele homem perspicaz consegue arrebatar de lá dentro. A sensibilidade da mulher independente é um tesouro sem valor, pois só alguns terão o privilégio de testemunhar.




Bogotá, 25 de Outubro 2013





Comentários

Enviar um comentário

Mensagens populares