18/05/2012 - Hola Peru

Menos de uma hora separa Copacabana (Bolívia) da fronteira com o Peru.

E os tramites sao mais do que curiosos, na medida em que se sai do bus no lado boliviano, atravessa-se a fronteira e entra-se no Peru, caminhando e de passaporte no bolso. Depois de mais um carimbo no passaporte, volta-se ao bus que entretanto nos espera no lado peruano.

Cerca de duas horas sao suficientes para chegar a Puno, cidade grande e movimentada, incomparável com a pequeníssima e charmosa Copacabana.

Bom, a razão pela qual Puno e' tão visitada e' simplesmente por ser o ponto de visita das ilhas flutuantes (Islas Flotantes) do lado peruano do Lago Titicaca. Normalmente, faz-se um tour de dois dias, de visita a três Islas Flotantes, passando a noite numa delas. Mas eu e a Marina já tínhamos passado uma noite no lado boliviano do Lago Titicaca, na Isla del Sol, por isso simplificamo-nos com a visita apenas a Isla de los Orus, que se faz num meio-dia.

Alias, chegamos da Bolívia com o tour na mão, dado que os preços ai sao significativamente mais baixos do que no vizinho Peru. Lembro-me, por exemplo, de poupar cerca de 12 euros no bilhete de bus Puno-Arequica, adquirido também na Bolívia.

Chegamos a Isla de los Orus já na fase de por-do-sol, o que lhe confere um maior encanto. As cores vivas e quase fluorescentes que as senhoras e crianças usavam da cabeça aos pés contrastavam com a luz ténue.

O riso e a alegria das crianças contrastavam com a seriedade dos visitantes. Mas em pouco tempo, os pequenos ganharam, contagiando a todos.

Orus e' uma ilha artificial, construída com canas de "Totora", uma planta característica do Lago Titicaca e que, ao secar, ganha propriedades flutuantes. Se da trabalho na fase da construção, imaginem com a manutenção, que exige uma frequência razoável, dado que, com o tempo, a matéria-prima tende a submergir. Portanto, um processo dinâmico.

A "Totora" e' utilizada na base da ilha, nas casas, nas gôndolas, etc.

Tivemos direito a um passeio no Lago, numa gôndola gigante, que eles baptizaram de "Mercedes". Já escurecia e as estrelas espreitavam. Durante o passeio, as crianças cantavam, brindando-nos com canções internacionalmente conhecidas, em diversas línguas. Ate o português do Brasil não faltou, com a música do Michel Telo'.

E o regresso a Puno foi magico. Já era noite completa e havia um festival de estrelas a acompanhar-nos.

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