Buenos Aires, mi casa por 8 dias
Não conheço ninguém que tenha estado em Buenos Aires e que não tenha ficado fã desta cidade.
Eu, com anfitriãs cinco estrelas, não me restaria outra coisa senão adopta-la como a minha morada, não apenas um lugar de passagem.
Fiquei em Sao Telmo cinco dias e depois mudei-me para o Hostel Suites Obelisco, na Av. Corrientes, junto ao Obelisco. Agora sim, estava mais do que central e sentia-me muito mais segura a noite. E tinha metro a porta!
Durante o dia, percorria os spots enquanto as chicas trabalhavam e, a noite, juntávamo-nos. Cada dia, um programa diferente, desde aulas de tango, salsa, zouk, jantares ou petiscadas a começar para alem das 23h00 e que não acabavam antes das 2h00. Eu perguntava-me o que lhes dava tanta energia, todas as noites dormiam não mais do que 5 horas e continuavam mais frescas do que uma alface acabada de apanhar.
Dos sítios diferentes que conheci, recomendo o "La Viruta", em Palermo, para aprender a dançar tango. Os professores sao casticos e o ambiente e' descontraído. Agora, para quem quer passar um período largo em BsAs especificamente para aprender a dançar profissionalmente, recomendo a "Catedral do Tango", onde insistem muito na técnica.
Um dos sítios que eu mais gostei foi "La Boca". Mas, curiosamente, não achei muita piada ao famoso "Caminito". Adorei, sim, as obras de arte (para mim, sao mais do que grafittis) e o tango representado por bailarinos a porta dos restaurantes. Atrevi-me a dançar com um dos bailarinos, quando me desafiou a tirar uma daquelas fotografias de turista, "para ingles ver". Respondi-lhe que fotografia não, dançar claro que sim! E, segundo as palmas da plateia, parece que não me sai mal. Tinha apenas 2 aulas de tango, na altura.
Com a Nadia e a Maria Jose (duas chicas do Equador) fiz um tour sobre a história e a política, a pe pela cidade, e emocionei-me muito no museu da Evita Peron. O senhor que montou o museu com material próprio, partilha testemunhos vividos com uma emoção tal, que chega a expulsar as lagrimas. Durante cerca de 40 minutos, vivemos aqueles tempos, sem duvida.
Numa sexta-feira a noite, fizemos um programa algo bizarro para mim. Fomos dançar zouk. Pois e', ouvia kizombas de Angola e "n" cantados em crioulo pelo Gil Semedo, Nelson Freitas, Dina Medina, etc, e não sabia dançar a minha música! Porém, o mais engracado e' que eu era a única que sabia a letra de todas as musicas. Eu cantava, enquanto a Flor e a Celeste dominavam a pista e a Vicky batia palmas.
A dança zouk foi adaptada a partir da lambada pelos brasileiros e trazida para Buenos Aires. Tudo e' diferente da Kizomba, começando pelo passe-base e terminando no movimento do corpo, cabeça, etc, que no zouk parece que a inspiração vem da dança contemporânea. A única característica que a Kizomba e o Zouk partilham e' a sensualidade.
Nem o "autentico asado argentino" faltou! Grande trabalho de equipa: a Vicky desafiou a malta, a Gaby ofereceu a sua casa, o Jose vestiu sabiamente a pele de Chef, a Trinidad ocupou-se do mate, a Gisela e o Leandro chegaram mais tarde e eu ate hoje nao percebi qual tera sido a minha funcao. Sera que conta o facto de ter posto o pessoal a dancar funana?
Relativamente a língua, ando vaidosa porque o meu portunhol esta cada vez mais espanhol. E com sotaque argentino!! Todos os "y" e "ll" emitem um som "ch", como pollo por ca diz-se "pocho", assim como yo diz-se "cho".
A tarefa seguinte será cambiar o sotaque quando pisar o Chile.
Como diz o meu amigo Luis, "o caminho só se faz caminhando"...
Eu, com anfitriãs cinco estrelas, não me restaria outra coisa senão adopta-la como a minha morada, não apenas um lugar de passagem.
Fiquei em Sao Telmo cinco dias e depois mudei-me para o Hostel Suites Obelisco, na Av. Corrientes, junto ao Obelisco. Agora sim, estava mais do que central e sentia-me muito mais segura a noite. E tinha metro a porta!
Durante o dia, percorria os spots enquanto as chicas trabalhavam e, a noite, juntávamo-nos. Cada dia, um programa diferente, desde aulas de tango, salsa, zouk, jantares ou petiscadas a começar para alem das 23h00 e que não acabavam antes das 2h00. Eu perguntava-me o que lhes dava tanta energia, todas as noites dormiam não mais do que 5 horas e continuavam mais frescas do que uma alface acabada de apanhar.
Dos sítios diferentes que conheci, recomendo o "La Viruta", em Palermo, para aprender a dançar tango. Os professores sao casticos e o ambiente e' descontraído. Agora, para quem quer passar um período largo em BsAs especificamente para aprender a dançar profissionalmente, recomendo a "Catedral do Tango", onde insistem muito na técnica.
Um dos sítios que eu mais gostei foi "La Boca". Mas, curiosamente, não achei muita piada ao famoso "Caminito". Adorei, sim, as obras de arte (para mim, sao mais do que grafittis) e o tango representado por bailarinos a porta dos restaurantes. Atrevi-me a dançar com um dos bailarinos, quando me desafiou a tirar uma daquelas fotografias de turista, "para ingles ver". Respondi-lhe que fotografia não, dançar claro que sim! E, segundo as palmas da plateia, parece que não me sai mal. Tinha apenas 2 aulas de tango, na altura.
Com a Nadia e a Maria Jose (duas chicas do Equador) fiz um tour sobre a história e a política, a pe pela cidade, e emocionei-me muito no museu da Evita Peron. O senhor que montou o museu com material próprio, partilha testemunhos vividos com uma emoção tal, que chega a expulsar as lagrimas. Durante cerca de 40 minutos, vivemos aqueles tempos, sem duvida.
Numa sexta-feira a noite, fizemos um programa algo bizarro para mim. Fomos dançar zouk. Pois e', ouvia kizombas de Angola e "n" cantados em crioulo pelo Gil Semedo, Nelson Freitas, Dina Medina, etc, e não sabia dançar a minha música! Porém, o mais engracado e' que eu era a única que sabia a letra de todas as musicas. Eu cantava, enquanto a Flor e a Celeste dominavam a pista e a Vicky batia palmas.
A dança zouk foi adaptada a partir da lambada pelos brasileiros e trazida para Buenos Aires. Tudo e' diferente da Kizomba, começando pelo passe-base e terminando no movimento do corpo, cabeça, etc, que no zouk parece que a inspiração vem da dança contemporânea. A única característica que a Kizomba e o Zouk partilham e' a sensualidade.
Nem o "autentico asado argentino" faltou! Grande trabalho de equipa: a Vicky desafiou a malta, a Gaby ofereceu a sua casa, o Jose vestiu sabiamente a pele de Chef, a Trinidad ocupou-se do mate, a Gisela e o Leandro chegaram mais tarde e eu ate hoje nao percebi qual tera sido a minha funcao. Sera que conta o facto de ter posto o pessoal a dancar funana?
Relativamente a língua, ando vaidosa porque o meu portunhol esta cada vez mais espanhol. E com sotaque argentino!! Todos os "y" e "ll" emitem um som "ch", como pollo por ca diz-se "pocho", assim como yo diz-se "cho".
A tarefa seguinte será cambiar o sotaque quando pisar o Chile.
Como diz o meu amigo Luis, "o caminho só se faz caminhando"...
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