4 a 6 de Maio - 3 dias magicos de TT na Bolivia
4 de Maio de 2012. Saimos de San Pedro as 7:00 e cerca de uma hora depois, chegavamos a fronteira da Bolivia.
Completavamos um grupo multinacional de seis aventureiros: eu e a portuguesa Marina, os alemaes Julia e Tino e os italianos Carla e Daniele que, denominarei por "familia boliviana", no restante texto.
Aqui tomamos o pequeno-almoço e encontramo-nos com os nossos dois companheiros para os três dias: o guia boliviano Valerio e o jipe japones (Toyota). No total, 4 continentes.
Primeiro dia, 4 de Maio
Em menos de uma hora, chegavamos ao primeiro ponto, a Laguna Branca, a 4300m de altitude. Aqui tivemos os primeiros indicios de que o nosso tour seria, no minimo, inesquecivel.
Seguiu-se a Laguna Verde (4300m) e o Vulcan Licancabur (o tal que nos vigiava em San Pedro de Atacama e agora estava à mao). O cume deste vulcao esta a 5960m.
O Deserto de Salvador Dali foi assim denominado pelas tonalidades diferentes nas montanhas, como se de um quadro se tratasse.
Em Laguna Salada, eu e a Marina fomos valentes (quero dizer, eu fui arrastada por ela, depois de momentos de renitencia), ao lançarmo-nos às termas.. Mas valeu a pena. A agua tinha uma temperatura natural de 37 graus.
Ainda estavamos no primeiro dia e ja tinha um rendimento enorme.
Visitamos os Geysers, estes diferentes dos chilenos.
Depois do almoço, ja no hostel muito basico onde iriamos passar a noite, fomos conhecer um dos cartoes-postal bolivianos: a Laguna Colorada ou Laguna Roja. De aguas de cor vivamente avermelhada, devido aos minerais, é considerada a maior reserva de flamingos da America do Sul. E, de facto, pudemos constatar isso. Pena que o meu iphone nao me permite registar este tipo de fotografias, que requerem definicao, zoom e precisao. Mas fica registado na memoria, o mais importante.
Começava a soprar um vento caracteristico da regiao, aliado a um frio derrubador. Regressamos, entao, ao hostel, onde nos esperava um "mate de coca" quentinho. Mate é a expressao normalmente utilizada para um cha de ervas (sem teina) e a coca é uma folha com muitas propriedades medicinais naturais e que, entre outras, ajuda com má disposiçao oriunda da altitude.
O jantar foi saboroso, com direito a sopa, prato principal e sobremesa.
Por volta das 21:30, a familia boliviana foi tentar dormir no quarto comum, com seis camas. Sentia-se um frio no interior do quarto tal, que parecia que iamos passar a noite ao relento. Vestimo-nos com quase tudo o que tinhamos na mochila, com direito a gorro e luvas, para os mais friorentos.
Para mim, foi uma noite em claro, a tremer de frio sem medos...
Ah! E convem nao esquecer que nao tivemos direito a tomar um duche que, para alem da higiene necessaria, serviria para nos aquecer, pelo menos durante uns 10 minutos.
Segundo dia, 5 de Maio
Depois de um pequeno almoço aceitavel, subimos para o jipe, com as nossas trouxas, rumo a "arbol de piedra", a 4500m de altitude.
Seguiu-se o Desierto Siloli.
As Lagunas Altiplanicas, a 4150m de altitude, sao todas diferentes e interessantes. A primeira visitada foi a Laguna Onda.
Seguiu-se a Laguna Edionda que, apesar de assim se chamar devido ao cheiro ediondo, tem uma beleza indescritivel, cujos flamingos contribuem em grande parte para tal cenario.
Seguiu-se o Vulcan Ollague, cenario para o nosso apetitoso almoço no meio do deserto. No meio do deserto, mas com direito a (quase) tudo: salada de atum, tomate e pepino, arroz, tangerinas, agua e coca-cola, etc...
Antes de seguirmos para o hostal de Sal, em Puerto Chivito, ainda visitamos o Salar Chiguana, a 3750m de altitude.
Como o nome diz, o hostal era todo ele feito de sal. Desde a estrutura, as paredes, os bancos, o pavimento, tudo. Interessante e original, mas por outro lado, depois de uma hora, os olhos começavam a arder e deixavam de ver o lado original da coisa.
Nessa noite, fomos brindados por uma lua cheia determinada, sobre o Salar de Uyuni, a nossa vista a partir do Hostal.
No serao de Puerto Chivito, eu e a Marina tivemos uma experiencia, no minimo, invulgar. Um director de cinema brasileiro e a sua equipa abordou-nos no sentido de colaborarmos com um documentario que estavam a produzir, sobre o tema "Amizade e Viagem". O tema tinha uma razao muito forte e pessoal, que nao vou escurtinar aqui e que nos levou a consentir de primeira.
Nenhuma de nós deu conta previamente que iriamos aparecer na tela, ate sermos confrontadas com câmara, microfone e outros equipamentos daquele mundo, para alem de toda a equipa tecnica ao nosso redor. Estavamos prontas para ir dormir, com "roupa de cama", mas pensamos "o conceito vale mais do que a imagem...".
Por outro lado, a nossa contribuiçao fazia mais do que sentido, pois graças a nossa viagem, eu e a Marina fizemos uma grande amizade que nao se perdera por ai, de certeza.
Nesta segunda noite ja consegui dormir. Apesar do duche gelado, e do frio que se fazia sentir no Hostal, nao se comparava com a noite anterior.
Terceiro dia, 6 de Maio
Por volta das 5:00, levantámo-nos com as galinhas, com o objectivo de ver o nascer-do-sol no Salar de Uyuni (3650m).
E que nascer-do-sol, devo dizer! Nos primeiros momentos, tivemos a presença da lua.
Tivemos algumas horas a descobrir varias zonas distintas do imponente e mitico Salar (chega a ter dez metros de espessura de sal), onde a diversao nao faltou, com fotografias cheias de imaginaçao.
Para mim, foi magico! Ate agora, dos lugares mais miticos e interessantes da minha viagem.
Passamos de seguida em Colchani, onde pudemos alimentar-nos com as cores "Quechua" do artesanato local.
O almoço foi no Cementerio de Trenes (sitio que nao achei piada nenhuma), outra bela refeiçao brindada pelo "chef" Valerio, o nosso simpatico guia multi-facetado.
Assim acabava a nossa aventura de tres dias, que nos uniu como uma verdadeira familia. E como familia, ficamos todos hospedados no mesmo Hostal Toñito, em Uyuni...
Completavamos um grupo multinacional de seis aventureiros: eu e a portuguesa Marina, os alemaes Julia e Tino e os italianos Carla e Daniele que, denominarei por "familia boliviana", no restante texto.
Aqui tomamos o pequeno-almoço e encontramo-nos com os nossos dois companheiros para os três dias: o guia boliviano Valerio e o jipe japones (Toyota). No total, 4 continentes.
Primeiro dia, 4 de Maio
Em menos de uma hora, chegavamos ao primeiro ponto, a Laguna Branca, a 4300m de altitude. Aqui tivemos os primeiros indicios de que o nosso tour seria, no minimo, inesquecivel.
Seguiu-se a Laguna Verde (4300m) e o Vulcan Licancabur (o tal que nos vigiava em San Pedro de Atacama e agora estava à mao). O cume deste vulcao esta a 5960m.
O Deserto de Salvador Dali foi assim denominado pelas tonalidades diferentes nas montanhas, como se de um quadro se tratasse.
Em Laguna Salada, eu e a Marina fomos valentes (quero dizer, eu fui arrastada por ela, depois de momentos de renitencia), ao lançarmo-nos às termas.. Mas valeu a pena. A agua tinha uma temperatura natural de 37 graus.
Ainda estavamos no primeiro dia e ja tinha um rendimento enorme.
Visitamos os Geysers, estes diferentes dos chilenos.
Depois do almoço, ja no hostel muito basico onde iriamos passar a noite, fomos conhecer um dos cartoes-postal bolivianos: a Laguna Colorada ou Laguna Roja. De aguas de cor vivamente avermelhada, devido aos minerais, é considerada a maior reserva de flamingos da America do Sul. E, de facto, pudemos constatar isso. Pena que o meu iphone nao me permite registar este tipo de fotografias, que requerem definicao, zoom e precisao. Mas fica registado na memoria, o mais importante.
Começava a soprar um vento caracteristico da regiao, aliado a um frio derrubador. Regressamos, entao, ao hostel, onde nos esperava um "mate de coca" quentinho. Mate é a expressao normalmente utilizada para um cha de ervas (sem teina) e a coca é uma folha com muitas propriedades medicinais naturais e que, entre outras, ajuda com má disposiçao oriunda da altitude.
O jantar foi saboroso, com direito a sopa, prato principal e sobremesa.
Por volta das 21:30, a familia boliviana foi tentar dormir no quarto comum, com seis camas. Sentia-se um frio no interior do quarto tal, que parecia que iamos passar a noite ao relento. Vestimo-nos com quase tudo o que tinhamos na mochila, com direito a gorro e luvas, para os mais friorentos.
Para mim, foi uma noite em claro, a tremer de frio sem medos...
Ah! E convem nao esquecer que nao tivemos direito a tomar um duche que, para alem da higiene necessaria, serviria para nos aquecer, pelo menos durante uns 10 minutos.
Segundo dia, 5 de Maio
Depois de um pequeno almoço aceitavel, subimos para o jipe, com as nossas trouxas, rumo a "arbol de piedra", a 4500m de altitude.
Seguiu-se o Desierto Siloli.
As Lagunas Altiplanicas, a 4150m de altitude, sao todas diferentes e interessantes. A primeira visitada foi a Laguna Onda.
Seguiu-se a Laguna Edionda que, apesar de assim se chamar devido ao cheiro ediondo, tem uma beleza indescritivel, cujos flamingos contribuem em grande parte para tal cenario.
Antes de seguirmos para o hostal de Sal, em Puerto Chivito, ainda visitamos o Salar Chiguana, a 3750m de altitude.
Como o nome diz, o hostal era todo ele feito de sal. Desde a estrutura, as paredes, os bancos, o pavimento, tudo. Interessante e original, mas por outro lado, depois de uma hora, os olhos começavam a arder e deixavam de ver o lado original da coisa.
Nessa noite, fomos brindados por uma lua cheia determinada, sobre o Salar de Uyuni, a nossa vista a partir do Hostal.
No serao de Puerto Chivito, eu e a Marina tivemos uma experiencia, no minimo, invulgar. Um director de cinema brasileiro e a sua equipa abordou-nos no sentido de colaborarmos com um documentario que estavam a produzir, sobre o tema "Amizade e Viagem". O tema tinha uma razao muito forte e pessoal, que nao vou escurtinar aqui e que nos levou a consentir de primeira.
Nenhuma de nós deu conta previamente que iriamos aparecer na tela, ate sermos confrontadas com câmara, microfone e outros equipamentos daquele mundo, para alem de toda a equipa tecnica ao nosso redor. Estavamos prontas para ir dormir, com "roupa de cama", mas pensamos "o conceito vale mais do que a imagem...".
Por outro lado, a nossa contribuiçao fazia mais do que sentido, pois graças a nossa viagem, eu e a Marina fizemos uma grande amizade que nao se perdera por ai, de certeza.
Nesta segunda noite ja consegui dormir. Apesar do duche gelado, e do frio que se fazia sentir no Hostal, nao se comparava com a noite anterior.
Terceiro dia, 6 de Maio
Por volta das 5:00, levantámo-nos com as galinhas, com o objectivo de ver o nascer-do-sol no Salar de Uyuni (3650m).
E que nascer-do-sol, devo dizer! Nos primeiros momentos, tivemos a presença da lua.
Tivemos algumas horas a descobrir varias zonas distintas do imponente e mitico Salar (chega a ter dez metros de espessura de sal), onde a diversao nao faltou, com fotografias cheias de imaginaçao.
Para mim, foi magico! Ate agora, dos lugares mais miticos e interessantes da minha viagem.
Passamos de seguida em Colchani, onde pudemos alimentar-nos com as cores "Quechua" do artesanato local.
O almoço foi no Cementerio de Trenes (sitio que nao achei piada nenhuma), outra bela refeiçao brindada pelo "chef" Valerio, o nosso simpatico guia multi-facetado.
Assim acabava a nossa aventura de tres dias, que nos uniu como uma verdadeira familia. E como familia, ficamos todos hospedados no mesmo Hostal Toñito, em Uyuni...
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